Febre do Oropouche: presença de mosquito transmissor no RS reforça alerta para casos de microcefalia durante a gravidez

  • 18/07/2024
(Foto: Reprodução)
Mosquito-pólvora foi identificado no estado, diz Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). Não foram registrados casos da doença em território gaúcho. Mosquito-pólvora: amostra com insetos recolhida no Litoral Norte do RS Reprodução/RBS TV A confirmação da presença do mosquito-pólvora no RS tem alertado especialistas, embora a Febre do Oropouche, doença transmitida pelo inseto, ainda não tenha sido registrada no Rio Grande do Sul (entenda abaixo o que é a Febre Oropouche). As gestantes são particularmente vulneráveis, já que a infecção pelo vírus durante a gravidez pode estar associada ao desenvolvimento de microcefalia nos bebês. Uma nota do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), divulgada na terça-feira (16), afirmou que a espécie do mosquito-pólvora que se proliferou no Litoral Norte do RS é do tipo transmissor da Febre do Oropouche. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O governo emitiu uma nota técnica alertando a detecção, no Brasil, de casos de microcefalia em quatro recém-nascidos cuja mãe estava infectada. Segundo o Ministério da Saúde, o país tem 7 mil casos positivos da doença, sendo a maior parte na Região Norte. A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. O esperado é que bebês tenham pelo menos 34 cm de perímetro da cabeça. A microcefalia é diagnosticada quando o tamanho é igual ou menor do que 32 cm. Bebê com microcefalia é erguido por sua mãe em Olinda, em foto de 2016 Nacho Doce/Reuters As amostras testadas pelo CEVS no RS identificaram a espécie Culicoides paraensis em Mampituba e Três Forquilhas. Além disso, há registros em cidades como Dom Pedro de Alcântara, Itati, Maquiné e Terra de Areia. Para Aline Campos, chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde (DVAS) do CEVS, os resultados servem de alerta para o estado. "Até então, a gente não tinha registro da espécie, que vem a ser o principal vetor da Febre do Oropouche, no Rio Grande do Sul. Acende um sinal de alerta, porque agora a gente registra a presença. A ideia é alertar a população e os serviços de saúde para a possível entrada desse vírus", diz. Mosquito-pólvora: conheça o inseto Microcefalia: saiba o que é, o que causa e como identificar Os moradores das cidades gaúchas que registram a presença do inseto não sofreram com a febre e relataram, até agora, apenas sintomas na pele, como coceira e formação de "bolinhas" vermelhas. No entanto, os sintomas da Febre do Oropouche podem se manifestar, caso o mosquito-pólvora esteja infectado. Desequilíbrio ambiental pode ter causado proliferação Fiscais investigam proliferação do inseto no RS Nesta reportagem, você confere: O que é a Febre do Oropouche Como a doença é transmitida Como são os sintomas O que fazer quando sentir os sintomas Como diferenciar a Febre Oropouche da dengue Como é o tratamento Praga de mosquitos-pólvora preocupa municípios gaúchos 1. O que é a Febre do Oropouche A infectologista e virologista Cynara Carvalho Nunes explica que a Febre do Oropuche "é uma doença causada pela picada de mosquito, uma arbovirose" registrada desde a década de 1960 no Brasil. A especialista diz que, apesar da doença ser mais comum no Norte e no Nordeste do país, não se descarta a ocorrência dela no Sul. "É que nem a dengue. Tinha o Aedes aegypti, mas não tinha a dengue. Começa dessa forma, primeiro chega o meio, que seria o mosquito", comenta. Larvas de mosquito nas folhas de bananeira em Dom Pedro de Alcântara Reprodução/RBS TV 2. Como a doença é transmitida A doença tem dois ciclos de transmissão: Ciclo silvestre: animais como bichos-preguiças e macacos são os hospedeiros, enquanto mosquitos transmitem o vírus Ciclo urbano: os humanos são os hospedeiros do vírus, enquanto os mosquitos atuam como vetor principal A doença é transmitida principalmente por mosquitos, como o mosquito-pólvora (Culicoides paraenses). O vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) é mantido no sangue desses animais após eles picarem uma pessoa ou outro animal infectado. A transmissão não ocorre entre seres humanos. A população pode tomar cuidados em relação ao mosquito, como usar roupas compridas e repelentes. Mosquito-pólvora na perna de homem no RS Reprodução/RBS TV 3. Como são os sintomas Ela apresenta sintomas similares à dengue e à chikungunya, incluindo: Dor de cabeça Dor muscular Dor nas articulações Náusea Diarreia Febre Vômitos A semelhança com as outras doenças pode complicar diagnósticos clínicos. Uma das complicações, apesar de incomum, seria a encefalite (inflamação no cérebro). 4. O que fazer quando sentir os sintomas A médica Cynara Carvalho Nunes afirma ser "sempre importante ter o diagnóstico" e que, por isso, o paciente deve procurar um médico que o encaminhe para a realização de exames. 5. Como diferenciar a Febre do Oropouche da dengue A única forma de diferenciar as doenças é com a realização de exames laboratoriais, com o PCR, explica Cynara Carvalho Nunes. "A forma que a gente tem para chegar ao diagnóstico da dengue é com os testes rápidos, por exemplo. A Oropouche não tem um exame como esse. Tem que coletar o sangue da pessoa e mandar para laboratórios", explica. Mosquito da dengue no RS Reprodução/RBS TV 6. Como é o tratamento Não existe um tratamento específico para a Febre do Oropouche. Recomenda-se repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico. Até o paciente ter o diagnóstico claro de que não está com dengue, não é recomendado tomar medicamentos como Ibuprofeno, Naproxeno, Varfarina, Cetoprofeno, Indometacina, Dexametasona, Diclofenaco e Prednisolona – os famosos "medicamentos contraindicados em caso de suspeita de dengue". "Até ter o diagnóstico, dar preferência para Paracetamol e Metamizol (Dipirona)", alerta Cynara. Mosquito-pólvora preocupa moradores do Litoral do RS VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/07/18/microcefalia-gestantes-devem-ficar-alertas-com-mosquito-polvora-identificado-no-rs.ghtml


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